sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Strasbourg, Capitale de Noël



Strasbourg, ou em bom português Estrasburgo, a cidade lindinha onde eu estou morando, é conhecida como a capital do natal! Então, não haveria época melhor pra falar um pouquinho da minha cidade do que a do espírito natalino (antes que eu me esqueça, os franceses andam MUITO simpáticos nessa época do ano, é comovente).


Essa fama toda não é somente devida à decoração que se espalha por toda a cidade, mas principalmente pelos célebres "Marchés de Noël", que começaram em Strasbourg apenas em torno da Catedral (em 1570!) e desde então ele só tem aumentado, contando hoje com 12 marchés instalados nas mais diversas praças da cidade.

Na Idade Média, o Mercado de Natal ou "Christkindelmärik", em alsaciano (o dialeto da região), era chamado de "Mercado de Saint Nicolas" e era destinado sobretudo à distribuição de presentes para as crianças. Depois de 1870, o mercado de Natal se instalou na Praça Broglie, onde está ainda hoje. Continua-se a vender os mesmos produtos desde então: as árvores de Natal, enfeites de Natal, presépios, bonecos, objetos de artesanato local, doces e alimentos companhado por vinho quente.

Nesse ano, a inauguração aconteceu no dia 24 de novembro e o mercado fica aberto até dia 31 de dezembro. E, pasmem, a organização no momento da inauguração previa nada mais nada menos que 2 milhões de turistas no mês de dezembro apenas para apreciar os "marchés"! Sim, é impossível andar nos mercados no fim de semana, em especial à noite (não tente fazer isso de bicicleta... por experiência própria, você não chega nos lugares e é xingada por todos os lados!).

Em Strasbourg, a magia do natal é latente! Não sei como consegui não ficar (mais) pobre e ganhar (mais) mil quilos com tantas guloseimas e enfeites de natal espalhados pela cidade :)










quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fim de ano!

Fim de ano chegando e nada melhor do que felicitações pra tirar a poeira do Blog!
Até breve, amigos!


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Agruras em cima de uma bike!

Gente, é muito lindo ver que nessa Holanda o sistema de ciclovias funciona que é uma beleza! Chega até a ser inspirador. Mas hoje vim falar das agruras de andar numa bike em fins de outono começo de inverno! Jesus amado, nunca desejei tanto como hoje ter um estoque ilimitado de luvas na minha mochila. Pois é, esse post se deve ao fato de eu ter saído de casa sem luvas e após ter visto isso pela janela...

Oba! Sooooool!

Mas não é assim que funciona aqui e eu acabo sempre me enganando com o sol! Eis que dentro de 1 horinha...

Chuva! E chuva com aquele ventinho gostoso no seu rosto!!

Pois muito bem, e eis que vocês devem se perguntar: "Mas aí não rola pegar um buzun ou algo do tipo?! Talvez um bote que vá pelos canais holandeses?!" Bom, aí está... Além de uma corrida de tram (o famoso bonde holandês) custar cerca de R$6,25 por corrida (dois euros e cinquenta cents!!!) eles andam a rápidos 30... 20km por hora dependendo do horário! Sim, já cheguei em casa de bike antes do bonde! Mas gente, aí também é cultural e cadê a minha dignidade depois de ter comprado uma bike holandesa, ter equipado ela todinha como manda o figurino e aí dar pra trás? Não dá, né!! Resultado...

Checa só esse "avermelhadinho" perto do mindinho... Queimadura de frio!

Tenho certeza que o depoimento dos meu colegas Juliana Brito, Bruno Ramos e Fernanda Lessa não seria diferente! E olha que pra eles ônibus é ainda mais complicado (como é mesmo a história dos cabritos e vaquinhas Fernanda?! hehehe). 

Apesar de tudo gente, a bike é muito amada e útil (dá apertinho no coração deixar a coitada na chuva!). Pensa que no inverno a galera deixa ela em casa guardadinha?! Que nada gente! De acordo com esse post aqui do Ducs Amsterdam é mais seguro confiar na sua bike do que no sistema de trens holandeses durante o inverno. 

E mais:



Viver em cima de uma bike também é parar no posto mais próximo, cheeeeia de compras, e calibrar o pneu da bike a 4 mãos! uahuhaua Beijo, Ju!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Encontrinhos!

Como já tinha proposto anteriormente, essa vai ser a sessão do blog destinada a registrar os nossos encontros pela Europa! Alguns de nós já está a alguns meses longe de casa e nesse meio tempo já rolaram algumas idas aos países vizinhos encontrar com os amigos.

Pra compensar o atraso, esse post faz um apanhado de tudo que já rolou até agora, mas a partir de então fica combinado que os próximos encontros serão relatados individualmente.

Aí vai!



"Septembre en Belgique!" Mariana e Sabine em Bruxelas!




"La regla es: no destruir Gaudí!" Elton e Pedrinho em Barcelona!



"Sobre nossas cabeças o sooooooool..." Elton e Maísa no Marrocos!



"That's London, baby!" Eu e Janaína em Londres!



"Así que vamos a Madrid!" Luciana, Jéssica, Paulo André e Marina! Acompanhados de Aline Medeiros e Diogo Franklin.


Diz se não é muita finesse?! ;D
Espero muitos mais encontros, gente! 

"Hello stranger!"

Como já se sabe, estudante é aquele sempre liso, contando dinheiro pra viver (leia-se viajar, badalar, comprar etc), suvinando dinheiro até pra tia turca que toca sanfona na esquina da estação! Mas eis que surge mais um site que contribui para a saúde dos nossos cofres (oi tia Dilma!!!): Drungli, The Adventure Generator!




Gente, tou impressionada! Tem preços absurdamente baratos!! Como não lembrar daqueles amigos que não vem te visitar porque tá tudo pela hora da morte?! (Viu Pedro Belo!!!)




O negócio funciona assim: você coloca a cidade de onde quer sair e a data em que quer viajar e ele abre mil e uma opções de destinos, aparecem até aqueles bem exóticos nos quais você duvida da existência de vida! hehehe As opções aparecem dos menores aos maiores preços e eu cheguei a ver passagem de 2 euros, claro que para aqueles destinos exóticos já citados! Pra parecer mais convincente, vi Londres a 19 euros a ida!!!! (essa é pra Janaina!)

Os créditos dessa descoberta são do meu roomie brasileiro :)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Imperdível em Madrid : Parques lineares ao longo do rio Manzanares

Manzanares é um rio de 69 km de extensão que corta a cidade de Madri. Em Madrid, existem vários parques lineares ao longo dele, entre eles o Madrid Rio e o Manzanares.

O Parque Madrid Rio é dividido em 3 unidades, El Salón de Pinos, La Escena Monumental e La Ribera del Agua. A minha parte preferida foi a primeira, especialmente los Jardines del Puente de Toledo. O que me chamou bastante atenção foram os diferentes playgrounds ao longo do parque, cada um mais criativo do que o outro.


O Parque Manzanares também é lindo e enooorme! Quem quiser saber mais pode falar com a Luciana Hinkelmann, que fez um trabalho de urbanismo sobre ele. 












1.Passarela de Arganzuela

2. Jardins de Toledo
3. Puente de Toledo
4. Playgroud super diferente
5.Parque Manzanares
6. La Dama del Manzanares
7.Parque Manzanares
8.Parque Manzanares
9. Mapa Parques Lineares ao longo do rio Manzanares

Fotos: Luciana Hinkelmann


mais informações:

http://www.madrid.es/UnidadesDescentralizadas/UDCMedios/noticias/2011/04Abril/14Jueves/NotasPrensa/jmadridrio/ficheros/Madrid%20Rio.pdf

 http://www.parquelineal.es/

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Autumn changes


Existem mudanças! A gente que não consegue ver direito... O dia-a-dia, a correria dos afazeres e a própria adaptação ao novo que embaçam essa nova imagem. Aquela foto que você decidiu bater sempre no mesmo lugar, com a mesma paisagem, para evidenciar as diferenças das estações, já pode ser batida outra vez.

E o que se vê agora, pós praticamente dois meses de intercâmbio? Folhagem mais amarelada, algumas vezes marrom e seca, outras, vermelha e vibrante. Uma mistura de tons nova, rica, com um significado semelhante à seca do conhecido sertão, mas que ainda precisa ser melhor introjetada. É tamanha a pluralidade do cenário já tão dominante no entorno que ele quase passa despercebido, se não fosse o desacelerar (do já considerado rápido como um automóvel) caminhar de bicicleta para o caminhar à pé em Heino.

Foi voltando da reunião intensa do grupo de pesquisa do Energie of the Future, entre vontades de rever familiares e amigos com o aniversário que vem vindo (27!!! Ai, ai!), entre pensamentos em viagens com novas pessoas que se acrescentam no meio dessas diferentes nuances, que fui identificando o Outono. A preparação para um tempo mais árduo já é a própria vitória e experiência de crescimento. A referência para tal estação que, antes se fazia pelos belos tons de amarelo nas imagens do museu de Van Gogh, agora são identificadas em verdadeiros quadros 3D que transbordam ao redor, trazendo consigo a mudança de todo o contexto e que, por sua vez, reverbera em todo o interior: um mútuo rebatimento, o reflexo... uma intervenção dentro e fora, externa e interna... ao mesmo tempo, simultânea... que foi preciso revirar ao avesso para ser notada!

Nesse caminhar do local da reunião até a estação de trem, tive a sensibilidade de perceber cogumelos no chão, mas somente me permiti parar para se maravilhar e registrar esse momento após ser impulsionado pela vontade semelhante de minha companheira de pesquisa Farin. O que está me prendendo a continuar sendo turista que se encanta com cada nova esquina descoberta? Vontade de rever os velhos amigos que agora já não cabem na antiga moldura e também já estão transbordando mundo à fora como as imagens do renomado impressionista?

Há certas respostas que são evidenciadas com uma pergunta.

Separei-me do meu grupo de caminhada para seguir em direção à estação de trem, já que eles escolheram pelo ônibus. Quando finalmente estava trilhando o meu caminho sozinho e quis mais uma vez registrar, dessa vez por iniciativa própria, uma linda vaquinha holandesa que pastava tranquilamente ao meu lado fui surpreendido. Não pela ausência de bateria do meu celular que impediu a fotografia, mas permitiu a abertura da alma para gravar todo o percurso no interior. Não por isso, mas pela reação do próprio bovino: em um momento que durou uma fração de segundos fui surpreendido pelo olhar da vaquinha me percebendo na paisagem. Ela mirava a mim, ainda diferente e singular (e brasileiro), e encarava sua própria tentativa de fotografia como se dissesse: "ME OLHE! ME PERCEBA! SE PERCEBA!!!" - com essa intensidade que só a próclise da linguagem oral permite.

Logo em seguida, após essa constatação do outro, a vaca voltou a pastar tranquilamente, serena, como se mostrasse saber que a minha singularidade já se adapta e faz parte do cenário. Novas roupas (que quando presenciam 18º C já não se fazem tão necessárias por conta do calor agora sentido), novo velho grande e aprendendo a ver como mais belo cabelo! Por que todo dia que a gente resolve cortar as madeixas elas decidem acordar lindas, maravilhosas, domáveis - !!! - sem muito trabalho só para deixar o libriano indeciso do precedimento planejado? - pensamento necessário pós-pausa na reflexão Lispectoriana epifânica pela interrupção da batida na porta do meu finalmente estabelecido quarto pelo meu vizinho iraniano fofo enquanto escrevo esse post. Alguém me acompanhou? rs É porque ainda tem muito avesso para ser revirado para se fazer entender por completo.

Ainda sobre a interrupção na escrita desse post: ao me permitir partilhar essas reflexões não só no papel, mas ouvindo-me e me fazendo companhia, Mohsen me deixou mais animado a ponto de me dar apetite para comer o delicioso falafel pré-feito com catchup Heinz e margarina temperada de ovos com bacon, o que reafirma o meu costume de comer sempre em família que ainda me acompanha... Se não fosse essa pequena intervenção na porta ao lado para saber como estou no momento em que eu mesmo refletia sobre essas mudanças de outono, provavelmente "Friends" adentrariam meu recinto para me fazer lembrar das gargalhadas das minhas irmãs quando comiam e assistiam televisão comigo, deixando-me à vontade para concluir minha refeição.

Reflexão partilhada com conclusão falada em voz alta com meu próximo e agora tão colocada de lado pelos devaneios do vizinho, do lanche e do grindr com aleatórios + what´s up com a vizinha do andar de cima (Ju) + modernidades estimulando a preguiça + facebook constante + pensamentos de signos de ar. Por isso a ausência de bateria no celular no caminho à pé para a estação de trem de Heino foi tão oportuna para a reflexão. Em bem verdade, esses novos hábitos fazem parte do novo Bruno que se procura entender nesses escritos.

A evidência na mudança de comportamento pós-contato com o externo, simbolizada em um olhar de um animal, me fez interiorizar novamente a vontade de continuar crescendo e de parar para fotografar o novo em mim. Agora, vejo-me refletindo em plena sexta-feira à noite em casa (Deventer, Holanda), a espera da viagem do feriado de outono que me aguarda amanhã cedo. Essa pausa me ajudou na análise dessa vontade de continuar vivendo intensamente, mesmo nos pequenos trajetos de volta ao lar, e me impulsionam para viajar e deixar essa experiência grande.

E por que essa vontade tinha se esmorecido no decorrer do intercâmbio? A mudança interna não queria mais se fazer presente em registros como fotografias e precisou ver o exemplo de minha amiga para continuar fotografando, porque, por mais que já fosse evidenciada, ela tinha medo de não continuar mais... mudando. Perceber-se adaptado a essa mudança externa pelo olhar alheio de um animal natural desse novo meio evidencia a diversidade cearense camaleônica espalhada Europa à fora. E mesmo adaptado, continuo mudando como um camaleão, ou melhor, como um calango. A concretização dessa experiência em conjunto de intercâmbio da turma de 2009.1 de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará  me dá a certeza de que estamos aqui para sair da zona de conforto e se permitir ser turistas, ser crianças, se transformar em borboletas, como também voltar para o casulo. Tenho certeza que onde quer que estejamos, estamos crescendo.

Deixa o inverno chegar com suas intempéries, mas também deixa a mente se abrir para perceber as cores que ele tem pra lhe mostrar, sejam elas diferentes tons de branco ou não, mas sempre diferentes. O que fica é a saudade de todos, uma vontade de revê-los e vê-los pela primeira vez, pós-banho em diferentes rios. E a vontade de ver muita gente que ficou no Brasil também... Boa viagem e bom feriadão! Aproveita muito, como todo mundo diz, que o novo vem para acrescentar.